....a minha última chamada era...
...ok este é o meu primeiro inédito na nova casa... foi um texto que considerei demasiado pessoal para postar quando o escrevi... agora encaro-o mais como uma lição......conheço-te como ninguém... no entanto não consigo intrepertar os sinais que me envias... não percebo onde é que cometo sempre o mesmo erro... não consigo perceber onde é que a culpa foi minha... já sei que devia ter esperado por isto... mas não encontro o meu erro... não sei porque é que fui lançado na escuridão outra vez... nunca pedi nada... dei tudo... fiquei sem nada... começo a pensar o que o erro é este... dei tudo... humm... enfim... erros toda a gente comete... tu erraste... eu perdoei-te... mas.... terá sido esse o meu erro? ...talvez... mas não será isso uma virtude... não sei... acho que perdi a capacidade de perdoar quando desapareces-te da minha vida... será bom não conseguir perdoar... ao menos sei que muita gente vai ter mais consciência dos seus erros ao não serem perdoados... será que te perdoava se fosse hoje? sim...não...sim... depende... mas sei que sim... quando entrasse na profundidade dos teus olhos e me deixasse perder na imensidão do amor que senti por ti... ensinaste-me que o amor não se procura... surge no meu do caminho só para dificultar tudo... se não tivesse tropeçado nele hoje não te trazia na ainda na cabeça... esse reles sentimento que tem a capacidade de nos fazer rir e chorar no mesmo instante apoderou-se de mim de tal maneira que já não sei se hei-de rir se hei-de chorar... nem um.... nem outro... tirar-te da minha cabeça está a ser mais complicado do que eu esperava... em cada memória tua... encontro um obstáculo... não percebeste nunca o que te quis dizer, nunca... nunca quiseste perceber... nunca vais perceber... claro que acredito que também não fácil para ti... também te vi chorar... mas não consigo perceber como é que uma pessoa que chora por outra não é capaz de perdoar... tanto a outrem como a si... a tua imagem está presa nos meus olhos... ainda sonho contigo... ainda distingo o teu perfume entre milhares de frascos iguais... acho que voltava a perdoar-te.... se estivesse na última cabine telefónica antes do fim do mundo era para ti que ligava... a dizer-te que te perdoava... e que te amo... pois isso... é algo que nunca te disse...
Estatisticamente falando... (2004)
Km percorridos: os possíveis… podiam ter sido mais…
Maços de Tabaco: demais… mesmo demais… chegaram a ser 2 e meio por dia…
Álcool Ingerido: também demais… a cerveja perdeu o sabor… o vinho é cada vez mais a minha bebida…
Cafés bebidos: segundo um cáculo meu... uma média de 2 por dia... mas em dias maus chegaram a ser 6...
Ideias novas: milhões…
Alguma coisa escrita: menos do que eu queria…
Amizades para a vida toda: muitas… todo o pessoal do 3º Esq. residente ou não… os que comigo estiveram naquela viagem de sonho… o pessoal dos cafezinhos em Alverca na sopa, na bambolina, etc.… o pessoal das tochas no visionário…
Paixões: uma… que ainda não esqueci… que volta sempre a mim… se calhar a maior que já tive… se calhar não…
Agradecimentos: á minha mãe por continuar a acreditar em mim como no primeiro dia… ao Mário por acreditar que ao apostar em mim para escrever no site dele ia ganhar alguma coisa com isso… ao pessoal todo que me ouvi cantar e cantou comigo… ao pessoal todo que me viu chorar e sorriu-me… ao pessoal que me aturou quando estive bêbado… a todos os que me quiseram mandar pisar… (continuem a tentar…) …a todos um muito obrigado e até para o ano…
mais um ano
um corredor monumental que se ergue perante mim na arrifana no verão de 2004 ... imagens destas ficam para sempre... mais uma ano que acaba. sinto que este ano consegui viver um bocadinho de tudo... foi confuso. ao som dos Pearl Jam e do seu Rearviewmirror: Greatest Hits 1991-2003 vou tentar resumi-lo de modo arrumar este ano na prateleira e entrar no novo ano com espaço na cabeça para uma vaga de novas ideias e opiniões... Janeiro... parece que foi ontem... a passagem de ano normal, o frio normal, o regresso das aulas ainda mais normal, vinha ai Fevereiro... os exames, os trabalhos... não me apetecia nada... o ano começou sem me apetecer nada, embora soubesse que ia ser o ano da mudança total da minha vida, sentia que ainda não estava preparado, precisava de mais um mês de 2003... enfim Janeiro foi mais ou menos esse mês... Fevereiro... nunca mais chega o bom tempo... foi um dos meses mais difíceis, foi o mês dos exames, o mês em que me apercebi que se não estudasse a sério ia chumbar e ninguém podia fazer nada por isso sem ser eu… Fevereiro passou depressa… Março… a primavera… Março foi o melhor mês do meu ano… ou o pior… depende da perspectiva… apaixonei-me… tendo sido um erro ou não, lutei pelos meus sentimentos… e ganhei… pensava eu… Março foi muito bom… lembro-me de andar sempre com um sorriso nos lábios em Março… é bom gostar de alguém e ser retribuído… ainda que por pouco tempo… Abril… a derrapagem… Abril foi o pior mês do meu ano… tudo o que o amor trouxe, o amor levou, não deixou aviso, não deu explicações… é assim o amor… descobri uma nova “família”… bebi demais… fumei demais… perdi a razão… perdi-me… Maio… este mês foi muito triste… não me lembro de andar uma única vez de cabeça levantada na rua… “parece que te bateram” foi a frase que marcou o mês… Junho… a recuperação… viajar faz-me sempre bem… passei-me pela costa alentejana de auto caravana… a melhor foto do meu ano foi aqui… é a que esta presente no principio deste resumo do meu ano... chumbei… já estava á espera Abril não serviu propriamente para me preparar para os exames finais… Junho ajudou muito a continuar… Portugal ficou em 2º no Europeu… segunda desilusão do ano… eu queria a taça… Julho… 20 anos… estou vivo há 20 anos… compreendo finalmente que já aprendi muita coisa… este mês ajudou-me a conhecer-me melhor por dentro… muito tempo passado sem fazer nada em concreto… muito tempo a jogar ás cartas… muito tempo na praia… tinha saudades do verão… Agosto começou com o sudoeste… voltar a Zambujeira depois de lá ter estado o ano passado e este ano já em Julho foi bom… caras antigas, histórias novas, caras novas, histórias antigas… resto do mês de férias… Algarve… Leiria… descanso… merecido ou não… Setembro… a primeira passagem de ano… é o mês das mudanças… mudei de casa… foi morar com os dois putos mais loucos do mundo… mas não podia ser doutra maneira… de volta a histórias antigas… de volta ao sítio onde me sinto em casa… tinha saudades das aulas… Outubro… cada vez mais a minha “família” é outra… o ócio… ocupou-se de mim… a preguiça é o pior dos pecados mortais… o mais difícil de vencer… jogar computador… ver televisão… não fiz muito mais que isto… Novembro… uma nova luz… em Novembro tomei a decisão de me levantar do chão outra vez… estava farto de ser pisado… agora sinto-me mais forte… mais confiante… capaz de todo… era preciso muito para me parar… é preciso muito para me parar… Dezembro… e de repente… já estou no fim do ano outra vez… o meu ano passou a correr á minha frente, se por vezes o tive na mão… por vezes ele andava tão depressa que nem o conseguia ver… o natal em família foi bom… a passagem de ano vai ser o caos… até lá…
para ti
Para ninguém escrevo hoje o que devia ter escrito a alguém...
Tu que transportas a luz do sol num simples sorriso, tu que emanas a luz da lua cada vez que presenteias a noite com a tua presença e que transportas no teu andar o sonho, a esperança e a felicidade. Nos teus cabelos sugeres tudo o que há de mais puro na natureza, tu que prendes quem te ama como uma árvore se enraíza na terra para dela se alimentar, mas tal como a terra alimentas todas e nenhuma em especial. Fazes sofrer com o simples olhar dos teus olhos infinitos, que transportam um misto do azul celeste do paraíso e o verde harmonioso dos jardins do éden. Nas linhas da tua face fazes perder-me num mar de doçura, no teu pescoço procuro a firmeza para continuar. O teu corpo é como uma guitarra tocada a preceito pelos deuses, encerras nele toda a elegância e sensualidade que alguém pôs no mundo sem distribuir, e que com o teu encantador egoísmo guardas-te dentro de ti. Por ti construía monumentos, iniciava guerras, desfazia nações, por ti lançava o caos neste mundo e no outro, fazia do certo errado, sobrepunha-me a tudo o que há de físico no mundo e trazia o sol para brilhar ao teu lado e mesmo assim continuavas a ofuscá-lo, no entanto tudo isso era pouco para te descrever ou mostrar a falta que fazes no meu mundo. Por ti serei sempre o derrotado se assim me pedires, por ti chorarei uma lágrima por cada palavra que encontrar para te definir. Em ti o tempo perde o sentido, os ponteiros do relógio param e todo o mundo fica silencioso para contemplar tão grande amor como é o que sinto por ti. Tu és sublime entre a perfeição, envergonhas as deusas com a tua existência, o conceito de belo não existe sem ti, aliás o belo existe em ti, e só em ti. És a flor entre as flores, espalhas no mundo o teu aroma como se quisesses enfeitiçar todo ele. A ti dedico letras, palavras nestas linhas, pois são a única que conheço tão bela como tu...
terei ainda um último telefonema ou não ?
...de cara lavada e numa nova morada eis que surge um projecto antigo com já alguns anos... a última cabine telefónica antes do fim do mundo tem sido pouco visitada pela divina inspiração.... mas ainda tem algo a dizer antes do seu final... espero que gostem das mudanças... começarei por postar os clássicos da antiga cabine... revelarei alguns inéditos mais antigos... e espero que o bom tempo (eh eh eh o verão tá aí) traga bons momentos de inspiração... até lá...