domingo, maio 29, 2005

para ti

Para ninguém escrevo hoje o que devia ter escrito a alguém...

Tu que transportas a luz do sol num simples sorriso, tu que emanas a luz da lua cada vez que presenteias a noite com a tua presença e que transportas no teu andar o sonho, a esperança e a felicidade. Nos teus cabelos sugeres tudo o que há de mais puro na natureza, tu que prendes quem te ama como uma árvore se enraíza na terra para dela se alimentar, mas tal como a terra alimentas todas e nenhuma em especial. Fazes sofrer com o simples olhar dos teus olhos infinitos, que transportam um misto do azul celeste do paraíso e o verde harmonioso dos jardins do éden. Nas linhas da tua face fazes perder-me num mar de doçura, no teu pescoço procuro a firmeza para continuar. O teu corpo é como uma guitarra tocada a preceito pelos deuses, encerras nele toda a elegância e sensualidade que alguém pôs no mundo sem distribuir, e que com o teu encantador egoísmo guardas-te dentro de ti. Por ti construía monumentos, iniciava guerras, desfazia nações, por ti lançava o caos neste mundo e no outro, fazia do certo errado, sobrepunha-me a tudo o que há de físico no mundo e trazia o sol para brilhar ao teu lado e mesmo assim continuavas a ofuscá-lo, no entanto tudo isso era pouco para te descrever ou mostrar a falta que fazes no meu mundo. Por ti serei sempre o derrotado se assim me pedires, por ti chorarei uma lágrima por cada palavra que encontrar para te definir. Em ti o tempo perde o sentido, os ponteiros do relógio param e todo o mundo fica silencioso para contemplar tão grande amor como é o que sinto por ti. Tu és sublime entre a perfeição, envergonhas as deusas com a tua existência, o conceito de belo não existe sem ti, aliás o belo existe em ti, e só em ti. És a flor entre as flores, espalhas no mundo o teu aroma como se quisesses enfeitiçar todo ele. A ti dedico letras, palavras nestas linhas, pois são a única que conheço tão bela como tu...